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A Roda Da Vida Celta
Consta da tradição e celebração Celta que - no exato momento em que os raios do Sol se enfraquecem e diminuem a intensidade, sempre , ao cair da tarde - está na hora de um novo momento. Seria a reciclagem espiritual para o ungir e a preparação, agradecimento ao Senhor dos Astros, ao Pai Celestial, à Deusa, para o nascer e fluir de mais um milagre contínuo , um novo dia que se principia???
Os celtas apesar da sua origem pagã, porém de fé inabalável em um Pai Maior ou um Ser Celestial Superior, no caso a Deusa, irreparavelmente celebravam o começo dos dias da Roda da Vida, através do anoitecer. Na realidade, eles lembravam e reverenciavam a Deusa. Os mistérios e a magia da Natureza como, por exemplo, o surgimento da Lua, das novas emoções, das novas intuições, adormecidas...
No ponto de vista Celta, no momento do anoitecer, os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho. Mas, os sacerdotes e sacerdotisas não seguem á regra, trabalham na confecção de uma Alvorada Perfeita. Deus, segundo os celtas, também descansa durante a escuridão. Mas, em momento algum se afasta e continua próximo aos seus filhos. O Sopro Divino é inconsciente, é intuitivo para um novo brilhar, para a perfeição de todos os dias de um novo amanhecer.

As ondas do mar são assim, incessantes, no vai-e-vem celestial e etério. E o acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer, completam as engrenagens da Roda da Vida Celta, interação, Unicidade, Equilíbrio entre dia e noite, anoitecer e amanhecer, segundos preciosos e de intensa comunhão entre os seres vivos, espirituais e de luzes que habitam o Universo, vivem no coração da Floresta da Deusa.

Os Celtas tinham a Intuição Celestial à flor da pele. Sabiam que é realmente preciso ATIVAR as duas polaridades. Harmonia e Paz devem estar em perfeita sintonia. Só assim a Natureza poderá se manter em equilíbrio. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada.

Portanto nas escrituras celtas: homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir e gerar os magnânimos momentos de intensa união e perfeição.

E voltamos assim a eterna Roda da Vida, suave, frágil, mas de fios sustentáveis e indistrutíveis, movendo os momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia.

A magia está em nós, no Universo e a um passo daqueles que verdadeiramente acreditam no poder das magias.

Os Celtas sempre vivenciaram os momentos como se fossem eternos, cada segundo uma vida, cada vida um segundo mágico da Existência. E na Roda da Vida sempre houve a presença de pontos de intercalação até mesmo no real e no linear:
Assim os quatro momentos principais durante o ciclo de 24 horas seriam: 6 da manhã, meio-dia, seis da tarde e meia noite E nesta ação conjunta, haveriam pontos secundários, também de suma importância para o contexto: 9 da manhã, 3 da tarde, 9 da noite e 3 horas da madrugada.
Apesar de pagãos, os Celtas tinham a Intuição extremamente aguçada... sabiam de uma forma ou de outra que o universo é simetria, é perfeição. Tudo, absolutamente tudo que brilha e vive no Cosmos tem correspondência e equivalência no Microcosmos. E, muitas vezes, necessariamente, é preciso entender o Micro, o Pequeno para poder alcançar e sentir a importância do grande do Macro.

Desse modo, para os Celtas ficou claro e patente que era mais fácil compreender os Mistérios do Universo através dos pequenos momentos, pequenos detalhes, às vezes até impercebíveis e imperceptíveis, que compreendem a extensão ciclíca do dia-a-dia. Então... a partícula se faria Luz, na real noção da partícula por partícula dos grandes momentos.


Os Celtas acreditavam, também, nos Eixos Meridianos dos quatro momentos do dia ( no fluir mágico das 24 horas, pontos vitais, e na importância dos quatro pontos secundários, na formação completa do Equilíbrio) .

Neste processo, a verdade universal estaria refletindo a Roda da Vida e a imagem projetada dos 365 (366) dias de um ano. E na reflexão, também encontraríamos a inclusão de quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto mês, primeiro de abril sétimo – primeiro de julho e décimo – primeiro de outubro - meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos exatos, com correspondência direta nos elementais ar, terra, água e fogo . Temos, nesta concepção, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Logo, nossa roda do ano estaria formada e, novamente, girando em eterna harmonia com o universo.
Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano. E esses momentos eram celebrados e festejados, quando reuniam-se em clareiras e templos para reverenciar ritualisticamente essas oito datas. E no coração da floresta: a magia do pequeno e do grande fluiam simbioticamente. O sabá - ou o ritual celta destes oito momentos - ganhou nome, tributos convencionados:
* Ao início do ano, Samhain ( 1o de novembro );
* Yule ( solstício de inverno – em torno de 21 de dezembro );
* Imbolc (1o de fevereiro );
* Equinócio da Primavera ( em torno de 21 de março);
* Beltane (1o de maio );
* Midsummerm solstício de verão – em torno de 21 de junho );
* Lughnasadh (1o de agosto ); e
* Equinócio de Outono ( em torno de 21 de setembro ).
Esta ordem e os meses correspondentes aos sabás estão de acordo com o hemisfério norte – lugar de onde vem os Celtas.

Há grupos que trabalham o calendário celta voltado para as datas do hemisfério sul. Tudo é apenas uma questão de escolher e Ter a real intuição de como trabalhar a roda do ano.

Particularmente, como existe uma ordem e mecânica celestial predominantes, é aconselhável seguir a ordem natural ou seja os caminhos, ditames, celtas, visando manter a sintonia e a energia pura celta.


A seguir um pouco das celebrações e rituais dos celtas. Tomara que aqueles que acreditam no poder e magia dos sonhos tenham e obtenham reais resultados e bons fluídos druídas.

O sabá SAMHAIN – É hoje chamado de HALLOWEEN, representava o final do ano celta.
Para os celtas, o ano novo começava realmente com o pôr do sol do dia 31 de outubro.


E este ritual era conhecido como A Noite dos Ancestrais ou Festa dos Mortos. Face ao véu, a teia universal entre os mundos estar bem mais fino, esta noite era considerada uma boa noite para celebrações divinas. Festas eram feitas em reverência e homenagens aos ancestrais e em afirmação da continuação da vida em outro plano etério. Era tempo de ajustar problemas e jogar velhas idéias e influências fora. Comemorando, também, na primeira lua cheia de escorpião.

YULE - solstício de inverno. Comemorado aproximadamente em 21 de dezembro. É o tempo de morte e renascimento do Deus Sol. Os dias são mais curtos e o sol está em seu ponto mais baixo. A lua cheia depois de Yule é considerada a mais poderosa de todo o ano.É interessante ressaltar que a lua cheia deste ano, 2001 de Yule virá no dia 30 de dezembro, repetindo-se o fenômeno da Lua Azul, tempo dedicado ao amor. Portanto, o dia 30 de dezembro será imensamente importante no ponto de vista místico e do conhecimento da magia celta (retornar ao capítulo-link Lua Azul...)
Este ritual é um ritual iluminado, com quantas velas for possível colocar no ou perto do altar, para dar boas vindas ao Filho Sol.

IMBOLC - Primeiro de fevereiro ou a primeira lua cheia de aquário. É tempo de limpeza e dos carneiros, cordeiros que acabaram de nascer. O nome imbolc vem da palavra “oimelc” que significa leite de ovelha. É um festival da virgem em preparação para o crescimento e renovação.

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA - mais ou menos dia 21 de março. É quando a luz e a escuridão estão em equilíbrio, com a luz crescendo cada vez mais forte.
BELTANE - celebrado em primeiro de maio ou na primeira lua cheia de touro. Também chamado de Dia da Donzela ou Dia de Maio. É primeiramente um ritual de fertilidade com encantamentos da natureza e oferendas para duendes e elementais. Os poderes dos elfos e fadas estão crescendo e alcançarão seus máximos no solstício de verão. É tempo de grande magia. É bom para todas as divinações e bom para fazer um jardim ou um campo sagrado. Os guardiões da casa devem ser homenageados neste festival.

SOLSTÍCIO DE VERÃO - mais ou menos 21 de junho. É quando as horas do dia são mais longas. O sol está em seu ponto mais alto antes de começar sua descida até a escuridão. Tradicionalmente, as ervas colhidas neste dia são extremamente poderosas. Nesta noite, elfos e fadas estão presentes em grande número.

LUGHNASSADH - dia primeiro de agosto ou a primeira lua cheia de leão. É um festival de pré-colheita, o ponto de virada da Mãe Terra. As últimas ervas são colhidas. É uma celebração em homenagem ao casamento do Deus Lugh com a Mãe Terra.

EQUINÓCIO DE OUTONO - mais ou menos celebrado em 21 de setembro. É tempo de descansar após o término da colheita. Novamente as horas do dia e da noite estão em equilíbrio, com a escuridão aumentando, todos os preparativos para a parte escura do ano são feitos, nos levando a Samhain novamente.

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