O Sistema de Capela, o jardim estelar dos Iluminados
Esotéricos e espíritas citam a existência de um Sistema Solar, retentor de
energia pura. Talvez, um lugar ou um portal, espécie de morada dos
Iluminados – Espíritos que já atingiram um grau especial de Iluminação e já
não precisam mais reencarnar. Chegaram ao Porto Seguro – Samsara – que tanto
falam os vedantas e hindus.
Em termos astronômicos, Capela é uma gota de um grande sistema estelar,.
Seria uma estrela de grande proporção, integrante da Constelação do
Cocheiro.
Mas, do ponto de vista espírita, denominada de Cabra ou Capela, segundo
relatos de Emmanuel, contidos no livro A Caminho da Luz, psicografado pelo
médium Francisco Xavier, Capela é um Sol Eterno, Magnífica Estrela de
Primeira Grandeza que tem uma trajetória de Pura Energia, missionária e
revitalizante entre os astros que nos são mais vizinhos. É um Portal, em
suma, ema trajetória sem fim pelos mundos, da realidade e dos sonhos,
sempre,louvando e cantando as glórias divinas do Iluminado, do Pai Supremo,
do Pai Celestial.
Ainda segundo Emmanuel, a luz de Capela gastaria cerca de 42 anos para
chegar à face da Terra.
E ao contato direto destes Filamentos, da Iluminati, todos os mundos, ainda
em atraso etéreo, iriam se purificar tanto física como moralmente. Emmanuel,
fala de Capela como o Sol Redentor e cita também as condições de atraso
moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos
inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência. “Os homens
marcham uns contra os outros, desconhecendo os mais ínfimos princípios de
fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade,
do seu orgulho.
Na narração de Emmanuel, alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam,
no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas
conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de
saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia
perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos, deliberaram, então,
encaminhar aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e
nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração.
Segundo Emmaneul, essa missão iria impulsionar e gerar, simultaneamente, o
progresso dos irmãos inferiores terrestres.
Exílio espiritual
E seriam nestas circunstâncias que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor
e de justiça, “para trazer paz e harmonia para as nações sofredoras,
inferiores e infelizes.
E Cristo, Corpo Etéreo, com o poder da palavra sábia e compassiva, exortou
essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos
deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.
Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra,
envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem
limites.
Aqueles seres deixavam atrás de si todo um mundo evoluído e foram exilados,
andariam desprezados na noite de milênios da saudade e da amargura;
reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o
paraíso perdido nos firmamentos distantes.
E ainda segundo a Obra Caminho da Luz, com essas entidades exiladas,
nasceram no orbe os ascendentes das raças brancas. Em sua maioria,
estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a
África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua
Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.
E grande percentagem daqueles espíritos rebeldes, com muitas exceções, só
puderam voltar ao país da luz e da verdade depois de muitos séculos de
sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retógrados, permanecem
ainda na Terra, nos dias que correm, contrariando a regra geral, em virtude
dos seus elevados débitos clamorosos.
As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação anterior, mas
teciam a intuição e os hinos sagrados das reminiscências, aparentemente,
perdidas .
E assim, as sementes do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, sem
escritas, apenas de forma intuitiva e empírica...até que ao nascer de um dia
florescessem e ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.
Evolução Etérea das raízes de Capela
E aqueles seres decaídos e degradados, à maneira de suas vidas passadas no
mundo distante de Capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro
grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às
afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na constelação do
Cocheiro.
Unidos, novamente, na passar do Tempo, formaram o grupo dos árias, a
civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia. Dos árias
descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia; nessa
descendência, porém, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos,
além dos germanos e dos eslavos.
E ainda nesta esteira secular, as quatro grandes massas de degredados
formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras,
introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça
negra, que já existiam.
Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo,
as raças adâmicas, nos seus grupos insulados, guardaram a reminiscência das
promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas,
enviando-lhes periodicamente os seus missionários e mensageiros.
Eis por que as epopéias do Evangelho foram previstas e cantadas alguns
milênios antes da vinda do Sublime Emissário. Os enviados do Infinito
falaram na China milenar, da celeste figura do Salvador, muitos séculos
antes do advento de Jesus. Os iniciados do Egito esperavam-no com as suas
profecias. Na Pérsia, idealizaram a sua trajetória, antevendo-lhe os passos
nos caminhos do porvir; na Índia védica, era conhecida quase toda a história
evangélica, que o sol dos milênios futuros iluminaria na região da
Palestina, e o povo de Israel, durante muitos séculos, cantou-lhe as glórias
divinas, na exaltação do amor e da resignação, da piedade e do martírio,
através da palavra de seus profetas mais eminentes.
Entre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização
egípcia foram os que mais se destacavam na prática do Bem e no culto da
Verdade.
Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam
perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios
morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua
pátria distante, no caso Capela.
Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar,
um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi
a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da
Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações
morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos
pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das
mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do
antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois
de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os
Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
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