Eu sei que ainda estás em um canto escondido do universo, em um alvorecer
coberto por um manto, na constância da minha existência, na pureza do meu
verso
Às vezes parece que não conseguirei suplantar tamanha distância, mas a
esperança é mais veloz que a própria velocidade da luz.
Ela reluz à beira da minha tristeza, quebra ao rochedo, me protege, sem eu
saber, dilui todo o medo e se transforma em abrigo amigo, que me entorpece
e, inesperadamente, me adormece....
Eu acordo há tanto tempo em outros tempos, buscando tesouros perdidos e
doces castelos,
Auréulos sombrios e medievais,
São iguais a guardiões de um amor sincero, que os anjos colheram em uma
manhã silvestre qualquer e guardaram ao orvalho de um relicário, ao suor e
delírio de uma única mulher.
Escadarias, torres e muralhas, sudários e imagens de cavaleiros
templários...
Anoitece e a saudade é quase uma prece, estrada que principia, porém,
aparentemente, eu não sei mais por onde começar
Sou notas de uma sinfonia que o vento levou, vou carregando folhas mortas
rumo a um brilho intenso
Imenso vazio, dor da ausência, constância da minha existência. No verso do
nosso Eterno Universo...
Em um dia qualquer de final de setembro/2001, começo de Primavera Estelar e,
em uma noite que jamais esquecerei em setembro de 1219, em algum canto
perdido da Terra, em algum ponto celeste do Universo do Senhor.... Amém e
Glória de Cristo aos doces e Iluminados Castelos dos Sonhos Eternos.
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