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Planeta dos Loucos
Não existe lugar melhor para se embriagar...
É um planeta onde a loucura sensata predomina,
Apesar do trajeto da viagem ser envolto em adrenalina.
A chegada é um deleite, adorável silêncio tumular.

De repente uma banda de pifaros em apostasias,
Toca sua música concreta em apologia a loucura
Um velho menino maestro é regido pela orquestra...
Qualquer amargura havida morre no principiar da festa.

Os alcalóides são servidos e ao fígado não fazem mal,
Nem tampouco forjam futuras cefalalgias.
Relíquias babilônicas são compradas apenas com um vintém,
Entre um espetáculo pirotécnico surge um louco rei de ninguém;

Querubins circundam este patesi descendente direto de Assurbanipal.

Uma colombina ambidestra, espalha o lirismo por toda a parte...
O planeta dos Loucos flui em anagógicas alegorias.
Ao que se sabe, nunca nenhum habitante morreu de infarte.

Tampouco na guerra, ou mesmo de fome ou tuberculose...
Nunca houve tempo para a solidão ou nostomanias,
O presente alienatório sincroniza o amor ao sonho.
O enfadonho e os antropóides passam pela metamorfose.

Todos os loucos vivem em harmonia, cada qual com sua tenra mania.
Enquanto lepidópteros voam envolvidos pelas montanhas calicromáticas.
Pítons, ébrios e poetas no mirianto abominam a era das máquinas.

Pessoas sempre que podem se cumprimentam eternamente...
Paulatinamente, o Planeta dos Loucos desaparece no infnito,
O emaranhado de vozes amigas vai sumindo e permanece um único grito...



"Os bons vi sempre passar no mundo graves tormentos. E para mais me espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamentos." Luis de Camões

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